Casa charmosa com a essência da moradora em cada canto

Last Updated on: 25th fevereiro 2024, 03:29 pm

Sabe aquela sensação de que sua trajetória te levou a um ponto específico onde tudo parece se encaixar? A história da casa da arquiteta Tatiane Waileman é um pouco assim. Após muitos anos trabalhando na área, ela acabou se apaixonando pelos projetos de reformas de construções antigas, até que a vontade de ter uma casinha para chamar de sua apontou também.

Tati se lembra bem de quando viu o imóvel pela primeira vez na internet. O sentimento era de que ela já tinha visto todos os anúncios possíveis dentro da sua faixa de preço, até que um dia algo novo apareceu: “O anúncio estava cru, tinha uma única foto, a metragem e a localização. Na mesma hora mandei mensagem para a corretora e agendei a visita para o dia seguinte. Como a casa estava original e muito deteriorada, ela achou que eu me assustaria, mas me apaixonei na hora. Era exatamente como eu queria para reformar”, conta.

Entre vários pontos positivos, como a rua tranquila e a fachada charmosa, o que mais chamou a sua atenção foi o potencial do quintal – ainda que na época ele fosse apenas um espaço cimentado ao ar livre. Naquele momento, Tati soube que ali realizaria o sonho de infância de ter uma árvore em casa.

Durante a reforma, muita coisa foi feita e, enquanto arquiteta da própria casa, Tatiane pôde ousar bastante em relação ao reuso e aproveitamento de materiais. As vigas metálicas vieram de uma empresa de reciclagem e o piso de cacos do banheiro foi feito com sobras de uma marmoraria, por exemplo. Isso tudo sem contar que ela aproveitou ao máximo os elementos originais da construção, como as janelas de ferro, a fachada e os pisos em madeira, que foram todos restaurados.

Além deste cuidado com cada detalhe do projeto, a moradora usou a oportunidade da reforma para testar novos materiais que a ajudassem a traduzir sua personalidade nos espaços. As bancadas coloridas dos banheiros, feitas a partir de diferentes tipos de mármore, foram desenhadas por ela, assim como a estampa dos azulejos na suíte e do painel de ladrilhos no jardim, criada em conjunto com o Estúdio Pulpo.

“Aprendi muito fazendo minha própria casa, principalmente do ponto de vista emocional. É um turbilhão de emoções! Ansiedade em ver tudo pronto, medo do dinheiro não dar conta ou de me arrepender de algo no futuro. Isso tudo me colocou em outra perspectiva, e mais do que nunca percebi que ser uma boa arquiteta não é só sobre desenhar projetos lindos, mas também sobre dar acolhimento. Entendi que meu papel na vida dos clientes, além de técnico, é também ser um porto seguro”, ela diz.

Outro recurso que virou marca registrada da casa – e também tem tudo a ver com a essência dos projetos da Tati – é o uso inteligente das cores. “As cores fazem parte da minha vida e do meu trabalho, acho que elas têm o poder de refletir a personalidade do morador e deixar o ambiente mais aconchegante, sem precisar de muitos itens ou excessos de decoração”, ela explica. O azul, por exemplo, é uma cor que a acompanha desde o seu primeiro apartamento, que tinha uma cozinha toda azul, então a arquiteta quis resgatar essa memória e ressignificá-la. “Toda vez que eu olho para os detalhes nesse tom, me traz uma alegria gigante”, completa.

No fim, cada escolha dialogou profundamente com suas lembranças e afetos, desde a construção em si, que remete às casas antigas onde tanto ela, como o namorado Rafa, passaram as suas infâncias, até os mínimos detalhes da decoração. “Eu vivia entre a minha casa, a casa das minhas avós e a casa da minha bisa. Esta última acredito que é minha maior inspiração até hoje! Tinha piso de caquinhos, muitas cores, árvores no jardim, janelas de ferro, quintal grande para correr, e pasmem… até um depósito de material de construção nos fundos, que era da loja da minha madrinha. Quando criança, eu achava curioso aquele monte de canos empilhados e os materiais no meio do quintal. Acho que toda essa vivência de alguma maneira marcou minha infância e me fez ter um carinho gigante por obras, além de me influenciar nesse propósito de recuperar a memória e a importância das construções antigas por meio do meu trabalho”.

Como Tati se considera uma pessoa minimalista, cada objeto tem um motivo especial para estar ali, seja por lembrar um momento importante, por ser presente de alguém querido ou simplesmente algo que a faça sorrir. “Acho que a peça mais emocionante do processo de reforma é a luminária que fica em cima da porta de entrada. Ela é original da casa, então logo que comecei a obra, meu avô a levou para restaurar. Ele recuperou com todo o cuidado e chegou a finalizar, mas não conseguiu ver instalada, pois faleceu um pouco antes de terminarmos a reforma”, lembra.

Vale também mencionar as mesinhas laterais do quarto, que eram de sua bisavó e foram presentes de casamento dela, e a cadeira de ferro do jardim, réplica idêntica à um modelo antigo que havia no jardim de sua bisa. Para Tati, é impossível ver essas peças e não se sentir acolhida e representada pela decoração da casa.

Quando tudo ficou pronto, Tati deu início a uma nova fase: curtir a casa, criar memórias e viver esse sonho que até pouco tempo parecia tão irreal. Para potencializar esse cuidado com o lar e para que cada cantinho reflita a sua essência, ela faz questão de incluir os aromas da linha Casa 214, uma novidade do O Boticário, em sua rotina. “Gosto muito de borrifar o home spray antes de sair de casa só para, quando retornar, poder sentir aquele cheirinho especial que me avisa que estou de volta. Ou também usar as velas perfumadas em dias mais estressantes, para ajudar a relaxar depois de um banho gostoso”, diz.

Entre os 3 aromas da linha de cuidados para a casa, o preferido da Tati é o Vanilla Sublime, que deixa o clima aconchegante e se espalha pelo lar por meio de velas, aromatizadores, home sprays e sabonetes líquidos. Como O Boticário tem décadas de expertise olfativa, os produtos deste segmento entregam alta perfumação, reforçando a conexão afetiva entre a casa e quem a habita. Não é à toa que todos que entram no lar do casal logo se sentem acolhidos:

As pessoas comentam que a casa traz uma sensação de aconchego e tranquilidade, uma mistura de casa de vó com moderno… o que reflete minha personalidade e também a do Rafa. Para mim, esse é o maior elogio de todos!

No processo de encontrar um imóvel com potencial, reformar e decorar, Tati pôde acessar memórias de sua vida inteira, desde o quintal da sua bisavó, onde ela amava brincar quando criança, até as experiências profissionais, que a ajudaram a entender as tantas possibilidades de morar e construir um lar. Assumindo papel de arquiteta, cliente e, por fim, moradora, ela garantiu que cada cantinho fosse uma extensão de si, com sua essência e muito significado.

“Minha casa é o resultado de anos de trabalho e de memórias. Consigo ver aqui a história de cada cliente, cada momento da minha infância que me fez nutrir um sentimento por esse tipo de construção e cada cheiro que ativa minhas lembranças olfativas e me transporta para momentos especiais da vida”.

Texto por Yasmin Toledo | Fotos por Leila Viegas