Last Updated on: 5th fevereiro 2024, 09:54 am

O que te faria abrir mão de morar em um apê gostoso, com estilo modernista, piso de taco e decoração do jeito que você gosta? Para o arquiteto Fernando Milan e a advogada Mafe Saad, a resposta é simples: o sonho de viver em uma casa de vila! E foi isso mesmo o que fizeram. Com cerca de 1 ano de casados e 3 anos morando juntos, eles decidiram finalmente realizar esse desejo antigo e começaram a busca pela casinha ideal. Mas se engana quem pensa que o processo foi fácil – o casal estava prestes a desistir quando enfim encontrou um espaço com potencial!

A lista de detalhes que atraíram o casal é grande: “Janela antiga com grade de casa do interior; cozinha integrada com a sala de jantar, na qual caberia a tão querida mesa da avó da Mafe; piso de madeira no andar superior; ladrilho do banheiro com as louças em azul escuro; um móvel enorme para comportar a coleção de louças; e, por fim, um potencial quintal. Sabíamos que a casa era quase perfeita, faltava uma pequena e pontual empreitada”, Fernando diz.

Mesmo se tratando de um imóvel alugado, eles decidiram investir em uma minirreforma, já que os espaços tinham pouca integração e revestimentos escuros. O projeto foi feito pelo escritório MDH.arq, em que Fernando é sócio, e, em resumo, eles tiraram muitas portas, pintaram as madeiras de branco e instalaram um piso de sobrepor sobre o acabamento existente. A principal intervenção aconteceu mesmo no jardim, que era fechado por uma cobertura retrátil e segmentado em dois níveis. Para deixá-lo do jeito que está hoje, 4 caçambas de terra foram retiradas, um reforço foi feito nas paredes da edícula e uma nova escada e jardineira foram instaladas. Durante esse período, Mafe participou ativamente da obra, fazendo visitas e propondo soluções, e Fernando até brinca que “sem querer, nasceu uma obreira”.

Casa de vila com paredes coloridas, móveis de família e quintal nos fundos.
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Antes e Depois: pintura na parede de sala de estar de casa de vila com tinta Conforto da Suvinil
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Antes e Depois: pintura na parede de sala de estar de casa de vila com tinta Conforto da Suvinil
Casa de vila com paredes coloridas, móveis de família e quintal nos fundos.
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Para decorar, a ideia era recriar um clima de praia, já que nos finais de semana eles queriam aproveitar o jardim para tomar sol e banhos de chuveirão. “A casa é uma mistura de coisas da nossa família e alguns móveis que achamos legais, de design contemporâneo e brasileiro. Tem aparador da minha avó que virou bar, e carrinho de bar da bisavó da Mafe usado como apoio na cozinha”, conta Fernando. Aliás, a cozinha tem destaque especial quando o casal recebe os amigos em casa. Fernando é quem cuida das delícias que saem do fogão e Mafe gosta mesmo é de montar a mesa, sem cerimônias ao colocar em uso todas as louças trazidas com carinho da casa da avó.

“Nessas ocasiões de casa cheia, o quintal também é bastante ocupado, mas o nosso uso favorito do espaço é à noite, quando ligamos apenas a iluminação do jardim e ficamos no escurinho, curtindo nossa pequena mata. Ela está enorme, abarrotada de ‘orelha-de-elefante’ – planta que marcou o visual da nossa lua de mel. Traz toneladas de minhocas e bichos que a Mafe detesta, demanda cuidado e atenção, mas é o coração da nossa casa”, Fernando diz.  O projeto de paisagismo foi feito por um amigo de longa data do casal, Roberto Isola, o que garante um afeto a mais pelo cantinho já tão estimado.

Casa de vila com paredes coloridas, móveis de família e quintal nos fundos.
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Na sala de estar, o casal costuma passar o tempo assistindo TV, mas quem mais aproveita o sofá é mesmo a cachorra Godofreda, que se beneficiou bastante com a mudança de um apê para uma casa com jardim. “Amamos acordar e ouvir as patinhas dela descendo a escada e fazendo o maior barulho do mundo, ou vê-la tomando sol no chão geladinho do quintal, embaixo da sombra de uma ‘orelha-de-elefante’”, contam os moradores.

Para Mafe e Fernando, um lar deve ser um lugar que abraça e conta as histórias das pessoas que vivem ali. Sem sombra de dúvidas, é exatamente isso que eles criaram na casinha de vila com a qual tanto sonharam antes de se tornar real. O clima de alegria é presente em cada espaço e, de vez em quando, contagia até mesmo a rua do lado de fora: “Quando a festa é grande, abrimos as portas para a vila. Vira festa com a casa de portas abertas! Aí é uma baita alegria, vêm vizinhos, amigos de vizinhos…” Impossível não sentir vontade de participar!

Texto por Yasmin Toledo | Fotos por Felco