Last Updated on: 18th novembro 2022, 11:11 am

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A matéria de hoje é uma parceria com a Obrah, uma galeria online com curadoria incrível pensada para tornar a arte e o design mais acessíveis. Se você está em busca de quadros lindos para deixar sua casa mais especial, aproveita o seguinte: durante toda essa semana a Obrah está com descontos de Black Week!!! Então agora é a hora de transformar sua parede, hein?

E a história da Guta vai te inspirar, olha só:

O que faz a gente se identificar com a nossa casa? Será que tem a ver com a sensação de acolhimento, com uma decoração repleta de identidade ou um lugar recheado de memórias? Nos últimos meses, a arquiteta Guta Armigliato teve que se debruçar sobre todas estas dúvidas quando uma virada do destino lhe impôs uma mudança imprevista – e um tanto dolorosa: ela precisou sair de seu antigo apê pois o proprietário faleceu e o imóvel seria vendido.

Na época, Guta se sentia totalmente em casa naquele endereço – cercada por seus objetos, plantas e gatos – por isso foi um baque abrir mão do espaço. Em especial porque ela estava vivendo uma fase difícil em diversos aspectos: “Eu tinha pedido demissão, estava afastada dos amigos por conta da pandemia e havia perdido uma pessoa muito querida. Minha casa estava sendo meu refúgio seguro e perdi isso também. Então fiquei literalmente sem chão”, ela lembra.


Antes & Depois

* Quer ver a diferença dos quadros da Obrah nas paredes??! Mova as setinhas nas fotos para a direita e para a esquerda para conseguir comparar direitinho as duas versões.

Antes e depois casa decorada com quadros geométricos, abstratos e coloridos da ObrahAntes e depois casa decorada com quadros geométricos, abstratos e coloridos da Obrah
Antes e depois casa decorada com quadros geométricos, abstratos e coloridos da ObrahAntes e depois casa decorada com quadros geométricos, abstratos e coloridos da Obrah
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Antes
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Depois
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Antes
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Depois

Ainda sem saber quais seriam seus próximos passos, Guta só conseguia pensar em permanecer na mesma região, mais precisamente no bairro Bela Vista, em São Paulo. “Tive muito medo de não encontrar um lugar que me acolhesse de novo, então saí caminhando pelos arredores e perguntando nas portarias mesmo. Quando encontrei este apartamento, nem acreditei! Era grande, iluminado, com uma cozinha em clima de casa de vó… era o aconchego de que eu precisava”, conta.

Apesar de ter encontrado um novo apê com bastante potencial, ainda assim o período de troca de endereços trouxe um sentimento agridoce. “Era o meu recomeço, uma nova fase. A sensação era a de que tudo seria diferente a partir dessa mudança. E eu precisava viver um luto de tudo aquilo que não voltaria mais…”, Guta explica. Exercitando a arte do desapego em altíssimos níveis, a arquiteta doou muitas de suas coisas para amigos, vizinhos e desconhecidos. Sim, ela se tornou aquele tipo de pessoa que anuncia na internet: “Estou dando todas as minhas plantas, quem quiser pode vir buscar!”.

Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Quadro Overthinking, da Obrah
Antes e depois casa decorada com quadros geométricos, abstratos e coloridos da Obrah
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Quadro La Vita É Bella, Quadro Female Figure Black and Beige e Quadro Pink Circles, da Obrah
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças

Para ela, deixar algumas coisas para trás foi uma maneira de marcar esse processo de grandes mudanças, transformando a casa nova em uma página em branco – o que incluía as paredes. A decoração seguiu então o caminho inverso do antigo endereço: com poucos objetos e cores, o apartamento ganhou um ar mais sereno, sem excessos. Até que um dia Guta sentiu que talvez tivesse exagerado um pouco no minimalismo. “Me marcou muito quando um amigo veio me visitar e comentou: ‘Por que essas paredes todas vazias??!’. Naquele momento eu entendi que recomeçar não era deixar as paredes (e a vida) em branco, mas sim preenchê-las!”, Guta fala.

Enfim chegava a hora de ocupar as paredes com arte, cor e boas referências. E foi na Obrah, e-commerce de quadros incríveis, onde encontrou obras inspiradoras que a tocaram não apenas visualmente, mas também pelo que representam. A curadoria da Obrah de fato é um dos grandes diferenciais da marca – além de incentivar o trabalho de novos artistas escolhidos a dedo mundo afora, a loja possui uma ampla seleção baseada em diferentes estilos, dos abstratos geométricos até fotografias surpreendentes.

Para Guta, foi a oportunidade perfeita de colorir a casa e dar o toque que faltava à decoração. “Quando comecei a escolher os quadros na Obrah, a princípio busquei figuras geométricas, em tons clarinhos… ainda não tinha muita coragem de usar cores fortes. Mas depois me rendi e adicionei o vermelho em algumas obras, e isso trouxe mais alegria às paredes”, ela diz. Inclusive, seu quadro favorito é o da artista Sandra Poliakov, que ilustra uma mulher vestida de vermelho com um gatinho ao lado. “Me identifiquei muito com ela, e a obra me passa uma sensação de serenidade”, Guta completa.

Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças
Arte para provocar (e celebrar) mudanças

No restante da decoração, peças afetivas dão o tom de aconchego que significa tanto para a moradora. Entre elas dois objetos vindos de família, o pássaro colorido de cerâmica que pertenceu à avó de Guta e o relógio antigo herdado de seu avô. O terceiro item na lista de preferidos é um pouco mais inusitado: um pedacinho do concreto da calçada da avenida Paulista – que estava em manutenção na ocasião –, o qual Guta levou para casa para esculpir um coração na pedra.

De forma despretensiosa, e sempre afetiva, Guta transformou o antigo apartamento em um lar acolhedor, com histórias, cores e muitos quadros para celebrar a nova fase. “Minha casa conta meu percurso, traz algumas memórias que quero manter comigo e também reflete o que estou buscando para mim. Hoje fico feliz em ter um lugar que transmite serenidade depois de tantos momentos difíceis e que tem também pontos de alegria e boas lembranças”.

Texto por Bruna Lourenço | Fotos por Leila Viegas