Last Updated on: 15th fevereiro 2021, 02:40 pm

Na casa do André e da Fernanda, o café da manhã e o jantar inauguram e encerram os dias em grande estilo. “O André ama cozinhar desde pequeno, então sempre gostamos de fazer uma mesa especial e apreciar as refeições em conjunto”, diz a moradora. No dia a dia, a copa é o cantinho perfeito para esses momentos, com um clima aconchegante que lembra as fazendas onde ambos passaram parte da infância. Ali, em um cômodo tão inspirador e familiar, o casal costuma conversar sobre seus dias, o que já virou um verdadeiro ritual de bem-estar. 

O espaço guarda também algumas peças especiais, que mais do que decorativas, levam significado para a casa, como a tapeçaria comprada de uma família que os moradores conheceram em uma viagem ao México. “Era a quarta geração que usava a mesma máquina de tear. Foi lindo escutar a história e descobrir que a peça foi feita por eles do zero”, contam. Aliás, a capacidade de Fernanda e André de criar uma decoração ao mesmo tempo tão espontânea, harmoniosa e cheia de alma, é definitivamente um de seus pontos fortes: nada foi muito pensado ou planejado, a maior parte da disposição da casa acabou acontecendo de maneira orgânica, mais levada pelos sentidos do que qualquer outra coisa.

“Eu sou uma pessoa de muitas fases e, por isso, acredito que a nossa casa conta um pouco de todos esses momentos das nossas vidas, é uma grande mistura. Às vezes estamos fascinados por arte política, arte popular, arte indígena, trabalhos feitos em cerâmica ou madeira, tear – seja tapete, almofada, cobertores… não temos uma regra”, conta Fernanda. Para ela e André, seu lar tem um lado rústico, mas também algo sofisticado, e carrega igualmente a personalidade dos dois. Isso sem esquecer da presença de todos os pets, que são parte essencial dessa história. “Os nossos bichos são a nossa casa”, eles dizem. 

O cachorro Klaus já era de Fernanda quando ela e André começaram a sair – era um filhotinho ainda e estava naquela fase bem sapeca. Faísca, por sua vez, é caiçara e chegou em SP no dia do primeiro encontro oficial do casal, que inclusive foi em um Pet Shop. Os dois cães são melhores amigos e vivem grudados. Já o gato Cosme foi praticamente quem adotou a família, pois apareceu na casa mesmo sem estar nos planos. “Achamos ele preso, desesperado, em cima de uma árvore aqui no jardim e morrendo de medo dos cachorros. Depois do resgate, percebemos que era um filhotinho e não poderíamos abandoná-lo. Hoje em dia, todos os bichos dormem juntos e trocam carinho. É muito legal ver a relação dos cachorros com o gatinho”, os moradores dizem.

De todos os cantos do lar, o preferido é a varanda, que permite uma conexão com a rua e o lado de fora. Como o terreno não tem muros, Fernanda e André gostam de ficar observando o movimento, enquanto Klaus, Faísca e Cosme brincam livremente. Além do espaço aberto, um jardim interno, com portas de vidro, comporta um universo particular com muitos tipos de plantas, cadeiras e rede para relaxar. Como o casal adora ir ao Ceasa e é fascinado pela Mata Atlântica e pelo trabalho do paisagista Burle Marx, não faltam referências para construir um refúgio aconchegante, combinando espécies variadas que representam o Brasil. “Quando estamos sozinhos em casa, gostamos de ficar na varanda do lado de fora, descansando, lendo, vendo o movimento da rua… além disso, gostamos muito de cozinhar. Na verdade, eu amo comer e o André cozinhar, então é uma dupla perfeita!”, Fernanda brinca.

Fotos por Maura Mello