Last Updated on: 16th maio 2021, 08:25 pm

O prédio onde Maria Cristina e Renato vivem com seus dois filhos fica a 10 minutos de caminhada do Parque Ibirapuera. Esse detalhe, por si só, já seria o suficiente para que a arquiteta amasse sua casa, porém ela tirou a sorte grande e, junto com a localização, o apê também tem luz natural de sobra e uma planta fácil de adaptar a novos usos. E foi isso o que Cristina fez com a reforma: “A atmosfera do apartamento mudou bastante. Gostamos muito mais dele agora, ficamos mais juntos na sala, os amigos ficam mais confortáveis e posso cozinhar perto de todo mundo”, ela conta. * Perdeu o Capítulo 1? Leia o post completo AQUI.

As portas de fórmica na cor mostarda surpreendem quem entra no corredor dos quartos. Conforme estão abertas ou fechadas, elas mudam de tom de acordo com a luz do sol que invade o espaço. Uma delas leva ao escritório de Renato, adaptado na área do antigo dormitório de serviço. A marcenaria ocupa as paredes laterais para que o morador consiga armazenar sua extensa coleção de livros de advocacia – ele já fez dois mestrados e agora está finalizando seu doutorado, então era essencial ter um lugar mais isolado para estudar. Fixada na parede de fundo fica uma cama retrátil amarela usada quando o casal hospeda visitas.

Olhar de arquiteto | Capítulo 2

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Com poucos elementos, o quarto do casal também segue a linha minimalista do projeto assinado pelo Estúdio Trópico, escritório de Cristina. Durante a reforma, a parede entre esse cômodo e o quarto dos filhos foi substituída por um armário dupla face que serve como guarda-roupa e divisória ao mesmo tempo. O aparador azul sob a janela acompanha os moradores há anos: originalmente ele é um móvel para escritório que pertenceu ao primeiro apartamento do casal, mas desde então já passeou pela casa cumprindo diferentes funções – agora como roupeiro.

O segundo quarto é compartilhado pelos irmãos, Antônio e Isadora, como a arquiteta tanto queria. “Sou filha única e tenho lembranças incríveis de um apartamento onde três primos meus dividiam um quarto. Havia conflitos, claro, mas essa casa tinha um astral muito bom. Sempre quis dividir quarto e acho bacana que os irmãos compartilhem”, ela explica. A cama modelo patente usada pelo menino era da casa da mãe de Cristina e o berço, na mesma linha, foi garimpado por um amigo dela. “Nada nesse espaço foi muito planejado, usamos o que tínhamos”, a moradora completa.

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Cristina soube aliar razão e emoção com naturalidade na criação de seu lar. Talvez esse talento tenha nascido ainda na infância, na época em que ela ‘brincava de arquiteta’ nas pranchetas de uma amiga de sua mãe, mas o fato é que a moradora atendeu não apenas às necessidades funcionais do apartamento, mas também ao desejo de ter uma casa com mais interação entre as pessoas – e isso faz toda a diferença.

Fotos por Alessandro Guimarães