Antes e Depois: Transformação colorida na sala de jantar

Last Updated on: 28th fevereiro 2023, 06:41 pm

O clima mais fresco e as facilidades de uma cidade maior trouxeram Rebeca, que é natural de Niterói, para São Paulo – acompanhada do marido Raoní e da filha Margô, é claro. Na época, eles não tinham um roteiro muito determinado, mas a coragem de arriscar foi suficiente para trilhar novos caminhos e poder fincar raízes. Com a mudança, tiveram a oportunidade de se aproximar de amigos paulistas e, atualmente, de intensificar os laços sanguíneos com a chegada de outros familiares à vizinhança.

Este apartamento fica localizado no bairro Perdizes, entre ladeiras arborizadas e várias casinhas. Além da proximidade ao colégio de Margô, a escolha do endereço foi motivada pelo estilo do prédio antigo, trazendo elementos charmosos como a janela em formato de trapézio e o piso de tacos. Os moradores contam que o imóvel estava em condições precárias e que aproveitaram a fase inicial de reformas intensas para realizar um desejo específico: “Decidimos abrir o quarto de serviço para a área onde hoje está a nossa sala de jantar. O espaço era subaproveitado, já que não cabiam mesas e cadeiras; além disso, com a remoção da parede passamos a receber mais iluminação natural. Foi a melhor escolha que tivemos!”, detalham.

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Antes & Depois

* Mova as setinhas nas fotos para a direita e para a esquerda para conseguir comparar as duas versões desta sala.

Aos poucos o lar foi se revelando como um local de experimentação e liberdade, com diversos cenários possíveis! Rebeca, Raoní e Margô adoram incrementar os ambientes e colocar a mão na massa: “Neste apartamento, pintamos o banheiro e o nosso quarto, colocamos papel de parede no hall e no lavabo, e confeccionamos a cabeceira da cama. Fizemos exatamente do nosso jeito e ainda por cima conseguimos economizar”, brincam. Nessas aventuras cheias de aprendizados, as cores da Suvinil se tornaram imprescindíveis e acompanham a família há bastante tempo: “O primeiro apartamento que compramos, em Niterói, foi pintado com cores Suvinil em 2008”, relembram.

Na casa nova, as paredes e o teto da sala de jantar receberam a Calcita Alaranjada – tonalidade incrível, eleita como a cor de 2023 da Suvinil – e o ambiente se tornou central na dinâmica da família, tanto no dia a dia quanto em ocasiões especiais. Rebeca trabalha como servidora pública e está de home office desde o início da pandemia, realizando suas atividades na mesa de jantar e se divertindo ao contar que a cor virou o pano de fundo das reuniões virtuais.

Na companhia do marido e da filha, as refeições são instantes gostosos onde todos se reúnem, mas o espaço continua sendo protagonista quando as visitas chegam: “Amamos receber pessoas e as confraternizações são sempre em volta da mesa. Ter uma sala de jantar aconchegante virou uma prioridade porque passamos muito tempo em família e com amigos. A mesa une as pessoas e possibilita momentos únicos”.  

A nova cor serviu para dividir melhor o espaço integrado entre sala de jantar e estar, além de trazer mais vivacidade à rotina, já que Rebeca passa bastante tempo em casa: “Todos os lares que tivemos até hoje foram bem coloridos. Nós usamos os tons com os quais nos identificamos em cada fase da vida. Percebo que muitas pessoas acabam não arriscando, como se a decoração fosse eterna. Nós não temos medo de ousar e mudar, se enjoamos, pintamos de novo”, ela confessa.  

A cor Calcita Alaranjada também resgatou memórias afetivas relacionadas à sua madrinha, que faleceu em 2016 e tinha esse tom como o seu preferido: “O ambiente virou uma homenagem, pois foi decorado com elementos dela, como os quadros, a louça e até mesmo a árvore da felicidade, que brotou de uma muda que ela nos deu. Foi uma grande coincidência: quando parei pra prestar atenção, tudo remetia a ela. Pra fechar, coloquei um porta-retrato com uma foto nossa”, Rebeca diz.

Quanto à decoração, o casal é do tipo que não costuma planejar e busca criar diálogo entre os objetos que gostam e aqueles herdados de familiares. Há livreiros e quadros pintados pelo sogro da moradora, um banquinho que foi de seus avós, um espelho garimpado na feira da Rua do Lavradio e por aí vai: “Nós valorizamos demais os objetos com narrativas e afeto. Só compramos algo novo como última opção”, explica. 

A nova cor trouxe um clima mais alegre e aconchegante, além de valorizar os elementos decorativos e brincar com a geometria do ambiente. Este lar é autêntico e mutável como seus moradores, sem medo de ousar para representar o que sentem: “A casa realmente deve contar a história de quem ali vive, e acreditamos que este apartamento fala muito sobre nós”, finalizam.

Texto por Estela Novaes | Fotos por Leila Viegas