Já pensou em tingir roupas e outros tecidos com pigmentos retirados de plantas ou flores? A Maibe Maroccolo, idealizadora da Mattriarca, conta o passo a passo dessa prática
Essa técnica manual é um caminho para a reconexão com práticas artesanais que sugerem um olhar mais sustentável de consumo e proporcionam bem-estar. Vamos descobrir como começar?
"Meu conselho é ter um olhar curioso sobre as plantas de sua própria região. Às vezes você nem se dá conta de que perto da sua casa tem eucalipto, mangueira, um pé de amora…"
"Pense que o tingimento natural é como se fizéssemos um chá em escala maior, então precisamos coletar matérias-primas e ir testando seu potencial tintório: deixar ferver por uns minutinhos e ver se solta tinta"
"Uma boa panela: sugiro que a pessoa tenha um utensílio só para fazer o tingimento, separado dos itens de cozinha. O tamanho precisa ser grande, no mínimo 10 litros, para que seja possível tingir uma camiseta"
"Resíduos da própria cozinha: a gente sempre fala da casca de cebola como um primeiro teste porque é algo que consumimos todos os dias, mas você pode testar com outros itens cotidianos também"
"Sempre fibras naturais e de preferência orgânicas. Algodão, linho, seda e lã são alguns exemplos"
“Eu indico cascas de cebola, cascas de romã, folhas ou cascas de eucalipto, folhas de boldo, a flor Cosmos, cascas de barbatimão e cascas de cajueiro”
“Deve envolver amor, cuidado e carinho. Lavar à mão, usar um sabão neutro, secar à sombra e de preferência do avesso. Eu sempre uso sabão de coco, que é mais natural e não interfere nas cores”
"É importante aproveitar o processo para realmente se beneficiar desse tempo em que nos dedicamos ao tingimento natural”
"E tem também a questão das propriedades medicinais das plantas, que nos estimulam a aproveitar essa prática para nos conectar com nós mesmos, sem querer pular direto para o resultado final"