Last Updated on: 29th maio 2025, 05:23 pm

Essa não é a primeira vez que visitamos uma casa da Maria Fernanda Sodré, proprietária e designer da marca de sapatos A Mafalda. A antiga já era encantadora, mas agora ela abre as portas de um novo lar — um lugar idealizado a quatro mãos e planejado para uma fase diferente da vida, dessa vez junto com o seu companheiro Flavio Samis: “A minha casa anterior era pequena e foi pensada para eu morar sozinha, já este lar foi construído para ter espaço para a família — eu, o Flavio e meus dois enteados”, ela conta.

Naturalmente, seu talento para decorar continua vivo, e talvez mais do que nunca. Quem passa pela porta logo se depara com uma curadoria de objetos garimpados, sofá colorido e boas inspirações. Mas antes de ter endereço certo, a casa era apenas uma ideia compartilhada entre os dois: um desejo de passarem mais tempo juntos em um lugar onde pudessem estar com as crianças e os gatos, de preferência com plantas espalhadas pelos espaços e uma área externa onde pudessem ver o céu.

Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos
Casa com fachada de pedras, janelas de madeira e decoração acolhedora com garimpos

A busca por um imóvel com esse potencial não foi fácil, e quando enfim encontrou, o casal precisou investir em uma reforma, que teve projeto do arquiteto Murilo Nogueira, do Estúdio PARALELO. Eles aumentaram a área construída em cerca de 100 m², criaram uma nova suíte, um banheiro extra e uma piscina. Mas também souberam preservar a alma da casa: o portão verde original, a fachada de pedras e duas árvores no quintal — um pé de louro e uma pitangueira — foram mantidos como símbolos da história do lugar.
 
Com experiência prévia em outras reformas ao lado da Mafe, Murilo soube traduzir com sensibilidade o desejo do casal: ter um espaço com clima de refúgio, misturando referências de casas de praia e de campo, mesmo no meio de São Paulo. O resultado é um lugar que evoca calmaria — com direito a cobogós escolhidos a dedo por Maria Fernanda, janelas de madeira e um quintal que convida ao descanso, com piscina, sol e muito verde.

Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade

A participação ativa dos dois durante a reforma também foi fundamental para que tudo saísse dentro do planejado. “O Flavio tomou conta da obra e escolhemos juntos acabamentos mais simples, mas com um resultado sofisticado dentro do conjunto do projeto”, conta Mafe.

A decoração, claro, foi tomando forma com o tempo: reaproveitando móveis das casas antigas, garimpando novas peças e incluindo objetos com significado que encontraram pelo caminho.

Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade
Casa dos anos 50 com cara de refúgio fora da cidade

Ao final, eles conseguiram criar uma casa viva e cheia de histórias. Tem vitrola que era do pai de Flavio, móveis e objetos herdados da mãe e da avó da moradora, lembranças de viagens e itens feitos sob encomenda. Nada ali é por acaso ou comprado por impulso — tudo tem afeto e curadoria. “Acho que a casa é um lugar para contar um pouco da história de quem mora”, Mafe diz.

Entre os cantinhos preferidos, ela destaca a área da poltrona Costela, na sala — perfeita para tomar café enquanto lê as notícias — e a cozinha dos sonhos, integrada com o living. É nesses detalhes que a casa revela seu maior trunfo: ser um lugar onde todos podem conviver, circular e se sentir à vontade.

Texto por Yasmin Toledo | Fotos por Maula Mello