Last Updated on: 15th fevereiro 2021, 04:30 pm

Sabe aquela vontade de ter um cantinho tranquilo para chamar de casa? Foi esse sentimento que levou a fotógrafa Pan a se mudar para seu apartamento atual, no Campos Elíseos, onde vive entre plantas, quadros e trabalhos manuais. Antes disso, ela passou um tempo dividindo sua antiga morada com mais 3 pessoas, o que, de certa forma, fez crescer o desejo por um lar mais calmo e pessoal, em que pudesse deixar sua personalidade fluir naturalmente. Como consequência, esse é exatamente o clima do seu apê: não tem um cantinho sequer que não transpareça aconchego e cuidado com os detalhes!

Porém, o processo de mudança não foi tão simples assim. Como entendia a importância de escolher um imóvel que realmente combinasse com seu estilo, ao fim de seu antigo contrato de locação, Pan optou por deixar seus pertences em um guarda-móveis e se hospedar na casa dos pais enquanto procurava um novo lar. Durante esse tempo, ela começou a comprar uma coisa ou outra de decoração, e as deixou guardadas até encontrar o endereço perfeito: “Em um dia de visitas com o amigo que mora comigo, passamos pela rua do prédio e achei ele charmoso pelo lado de fora. Anotei o número que estava em uma placa de ‘Aluga’ e, quando visitei e vi as várias janelas, a cozinha americana e a sacada, já sabia que seria a minha nova morada”.

Por sorte, o apê havia sido reformado há pouco tempo e estava em boas condições, então, para deixar a sala com a sua personalidade, Pan só precisou pintar uma parede de rosa e já pôde começar a montar a decoração usando os móveis, as plantas e tudo o que estava guardando para esse momento tão esperado. No fim, ela já possuía muitas coisas que foi adquirindo antes da mudança, como utensílios, louças e objetos. “Eu queria que a casa tivesse a minha cara, então mesmo sem saber onde ia morar, apostei que se comprasse coisas que tinham a minha cara, ia dar certo”, ela brinca. E deu mesmo! Tudo acabou se encaixando perfeitamente.

Quando está no sofá, Pan gosta de admirar as linhas e cores da tapeçaria em sua parede, logo acima da TV. Aliás, são justamente esses elementos orgânicos, manuais ou naturais que dão o toque mais especial para o seu lar, como os quadros com referências de natureza, a manta macia sobre o sofá ou todas as plantas que cultiva em cestos e cachepôs. Uma delas em específico tem o suporte com o formato de um arco que Pan observou pela primeira vez em um café que gostava de frequentar: “Eu sempre olhava e pensava: um dia vou ter uma planta assim pendurada na minha casa”. Até que ela conheceu a pessoa que produzia a peça e realizou esse pequeno sonho.

Com a quarentena, Pan tem ficado bem mais em casa e sua cachorrinha Amora é a sua maior companhia dia e noite. Bem adaptada ao apê, ela sabe o que pode ou não fazer, onde fica cada coisa de seu interesse como as meias sujas que ama roubar e não hesita em se retirar para o quarto quando sente que o sono bateu. Também nesse tempo de distanciamento social, como Pan não tem recebido visitas, a mesa de jantar mudou de posição para dar mais espaço para atividades físicas, trabalhar e dançar.

Uma característica do apê que Pan adora é ter a sala, a cozinha e a sacada tão próximas e integradas. “Sinto uma certa liberdade, uma liberdade de mulher de apartamento, mas é um respiro bom”, ela conta. Entre as atividades diárias dos últimos meses, ir para a varanda, respirar fundo e cuidar das plantas tem sido um momento de prazer fundamental para o bem-estar:  “Quando o dia está bonito, a gente vai para a sacada e almoça sentado no chão para tomar sol nas costas, cheirar o alecrim e o manjericão… esse espaço se tornou um santuário da salvação em meio ao caos”, Pan diz. * Quer conhecer o restante do apartamento? Então não perca o Capítulo 2.

Texto por Yasmin Toledo | Fotos por Leila Viegas

Continua no Capítulo 2