Last Updated on: 11th novembro 2022, 03:52 pm

Se você tivesse um quarto totalmente branco para decorar em plena quarentena, o que você faria? Para a Leila – uma das fotógrafas aqui do Histórias de Casa – ter mais tempo livre foi o empurrãozinho que faltava para ela repaginar o espaço. Depois de pesquisar algumas referências interessantes que serviriam como inspiração, Leila decidiu criar uma cabeceira de bola usando pintura. “Quando fui reunir as ideias para colocar em prática, tinha em mente duas coisas. A primeira: por causa do distanciamento social, eu teria que executá-las sozinha. E a segunda: precisava ser uma mudança de baixo custo, afinal, no meio de uma pandemia, é melhor dar uma segurada nos gastos”, ela conta.

A moradora explica que o quarto estava branco e sem nenhum elemento porque a princípio sua intenção era passar pouco tempo nessa casa. Ela havia voltado a viver no apartamento de sua mãe no ano passado e estava pensando em trocar de endereço quando a pandemia começou e adiou seus planos. “Eu até queria dar um trato no quarto, mas como estava planejando me mudar, parecia que o esforço não valia a pena”, Leila diz. No entanto, quando o isolamento teve início, aquela cara de improviso começou a incomodá-la e ela tomou coragem para fazer a transformação.

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ANTES & DEPOIS

* Mova as setinhas nas fotos para a direita e para a esquerda para conseguir comparar direitinho as duas versões!

Como a cama de Leila não tem cabeceira, ela sentia falta de algum elemento para emoldurar o móvel. Em suas pesquisas, a fotógrafa descobriu referências com pinturas de bola atrás da cama e adorou a ideia: “Tem um efeito bem bacana e parecia fácil de executar”. De fato, ela conseguiu pintar a cabeceira sozinha e em poucas horas – inclusive, deu para dormir no quarto no mesmo dia. A tinta usada nessa transformação foi a Criativa cor Nozes N087, da Suvinil, que já vem pronta para aplicar e não precisa ser diluída. A moradora escolheu essa cor para dar ao espaço uma sensação de ensolarado. “Entra pouca luz natural no ambiente e sinto falta de pegar um solzinho. A cor Nozes é esse amarelo queimado, para dar uma “aquecida” no quarto. Virou meu sol particular”, ela fala. Para completar a cabeceira, Leila instalou uma prateleira estreita para apoiar quadros e livros.

O restante da decoração também foi incrementado com pequenos detalhes – muitos dos quais Leila já possuía em casa e estavam guardados. Ela aproveitou a chance para incluir objetos de afeto na decoração, como o espelho que pertenceu à sua avó paterna, dona de um antiquário; a mesinha lateral pintada de azul, herdada de sua outra avó; a cadeira vinda de um antigo escritório de seu tio-avô; e ilustrações que foram presentes de pessoas queridas, incluindo o desenho de seu sobrinho de 9 anos. E os tesouros de família não param por aí: “A banqueta alta, também pintada de azul, foi do meu pai, já falecido. Ele era arquiteto e aquela era a banqueta da prancheta dele. Além disso, as almofadas de crochê foram feitas pela minha mãe quando ela era adolescente e estavam guardadas, resgatei do fundo do baú”, Leila conta.

Os bordados pendurados na parede também são especiais e foram feitos pela própria moradora. Com sua tia-avó, que vive no interior de São Paulo, Leila aprendeu a fazer crochê, tricô, bordado e macramê – e foi assim que tomou gosto pelas artes manuais. Com a correria do dia a dia, fazia tempo que a fotógrafa não conseguia se dedicar a esse hobby, porém na quarentena ela voltou a praticar. Ela também está ensinando seus sobrinhos a bordar e um dos enfeites da parede foi feito por Rosa, de apenas 6 anos.

Com o quarto renovado, a relação de Leila com o espaço mudou completamente. Agora ela tem passado mais tempo por ali, já que o ambiente ficou tão aconchegante e arrumado. Ela brinca que, ao entrar no cômodo, até para um pouquinho para admirar. “Eu amei cada detalhe! A pintura e a luminária foram as mudanças mais impactantes, mas nada está lá por acaso. Cada coisinha é especial e foi colocada com carinho”, Leila diz.

Fotos por Leila Viegas