Last Updated on: 15th fevereiro 2021, 02:09 pm

Patricia é a empresária e artista plástica por trás da marca La Thompson, criada especialmente para quem é apaixonado por kimonos e kaftans, mas não é só na área da moda que ela sabe expressar sua criatividade. Na verdade, seu repertório é tão extenso que acaba refletido por todas as esferas de sua vida. Em sua casa não poderia ser diferente: o espaço é onde tudo se encontra da forma mais pessoal possível, já que a moradora fez questão de participar ativamente de cada detalhe do projeto.

Carioca de nascença, a artista plástica se mudou para São Paulo em um momento em que grande parte de sua rotina já estava na cidade, tanto profissional quanto socialmente, e foi no bairro de Higienópolis que ela encontrou seu apê ideal: “Acho a região similar ao Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. É bem arborizada e cheia de cachorros passeando, além de ser um centro de prédios icônicos”, diz Patricia. Por fim, ela apenas inverteu uma rotina que já existia, passando a ficar mais tempo em São Paulo, mas sem deixar de fazer visitas ao Rio.

Em seu apê, a janela de quina arredondada, a iluminação de ponta a ponta, o pé-direito alto e o elevador com abertura direta para a casa a conquistaram logo de cara, mas uma reforma total foi realizada para deixar tudo da maneira que ela sonhava. Como a moradora também é formada em fotografia e trabalhou com interiores por um tempo, o tema já permeava seu universo, então Patricia chegou a escolher até mesmo a mola da fechadura para as portas. “Foram 3 meses só de demolição. Renovei os sistemas hidráulico e elétrico e tive vários momentos bem difíceis, mas meu arquiteto Gustavo Calazans foi espetacular. Fechamos uma parceria maravilhosa, tudo foi muito discutido”, ela conta.

Desde o início, a moradora sabia que gostaria de ter seu sofá Strips forrado com um veludo bem macio de cor azeitona, então esse foi um ponto de partida. Além disso, algumas peças que ela já possuía também passaram a integrar o apartamento. “Fui fazendo aos poucos, entendendo o espaço e o que necessitava”, conta a artista plástica. Com boas escolhas, Patricia criou um contraste único de materiais e volumes, incluindo na decoração muitas plantas e itens de família: “Os chifres em cima do elevador são da época em que meu pai ainda era solteiro e o suporte Martini vintage da minha mãe hoje segura a samambaia”.

Inspirada pelos diversos efeitos que a luz pode produzir nos materiais, Patricia não poderia ter escolhido um apê melhor para viver. Com muita abertura e janelas estratégicas, todos os espaços são extremamente iluminados, sem contar com a generosa vista da cidade, que inclui prédios de arquitetura marcante: “Amo ser vizinha do Edifício Cinderela, projetado por Artacho Jurado. Acho muito charmoso e excêntrico. Bem meu tipo”, brinca a moradora. 

Em seu apê, ela está sempre com Tico, o chihuahua que desde 2019 enche sua vida de amor, chamego e brincadeiras. As plantas — em vasos ou arranjos de flores secas são também essenciais, pois limpam a energia do lugar e fazem um equilíbrio ideal com o concreto e o aço carbono. “Gosto da minha casa em ordem e com energia fluindo, plantas crescendo…”, diz a moradora. * Quer acompanhar a continuação dessa história? Não perca o Capítulo 2 aqui no blog!

Fotos por Felco

Continua no Capítulo 2