Last Updated on: 18th fevereiro 2021, 01:47 pm

Uma casa e todas as memórias que ela guarda não podem ser resumidas de uma vez só, então por aqui fazemos diferente. Ao invés de concentrar todos os detalhes e fotos em uma única matéria, criamos pequenos capítulos para que você possa curtir essa visita durante vários dias. É só acompanhar a ordem pelo título dos posts e apreciar o passeio sem se preocupar com o relógio.

A vontade de morar juntos acabou acontecendo de forma natural para a executiva Adriana e o diretor de filmes André. Primeiro, foram algumas gavetas compartilhadas; depois veio o cachorro Tião – sob responsabilidade mútua; e, por fim, a decisão de unir de vez as experiências em um só lar. E como André já vivia em um apartamento de 140m² em pleno Copan, foi ali, em meio ao centro de São Paulo, que o casal estabeleceu sua nova rotina.

Para Adriana, o lugar já era lindo e especial, pois refletia a alma de seu companheiro, com espaço para os discos, livros e artes de André, mas aos poucos sua presença foi também ocupando e convivendo com o que estava ali. “Vejo o apê como um lugar vivo, que reflete os momentos que vivemos como indivíduos e companheiros. Chegamos eu e o Tião, e as coisas naturalmente foram se reconfigurando na forma como ocupamos o espaço”, ela conta. Plantas, incensos e comidinhas veganas foram algumas de suas muitas contribuições para o clima acolhedor no apartamento.

Com novas demandas, uma reforma também se fez necessária, priorizando o convívio, com ambientes abertos e livres para a circulação. Para essa etapa, o casal decidiu aumentar o espaço, emendando a casa com o apê ao lado, comprado com esse propósito. Como Adriana pratica yoga todas as manhãs, a presença de um shala foi um dos toques mais sensíveis na configuração dos cômodos: “Um shala por conceito é um local vazio dedicado apenas à yoga. É de certa forma sagrado e representa a importância da prática na minha vida. Eu pratico todos os dias e, de tempos em tempos, recebo amigos e professores. É uma energia importante e bonita que circula ali. Tenho sorte de ter espaço físico pra isso e de o André, como companheiro, ter topado e amado a ideia”, ela explica.

Por toda a casa, itens de viagem, presentes de amigos, plantas, símbolos e artes se espalham e contam histórias diferentes de como chegaram até ali. Para o casal, a decoração aconteceu sem que fosse necessário pensar muito sobre isso: “É mais um lance de ir encontrando coisas legais pelo caminho”, eles dizem. Entre as peças favoritas estão lembranças que trouxeram de uma viagem ao Japão, itens energizados que compõem o altar do shala e quadros do artista Arnaldo Baptista.

Não à toa, o centro físico da casa é representado pelo que pode ser chamado de ‘canto da música’, onde ficam os muitos discos e CDs. Para Adriana e André, tudo acontece ali e a rotina do lar se faz em meio às trilhas sonoras mais diversas.

“Aos poucos, nossas vidas foram se encaixando e isso se traduziu na casa como ela é hoje. Tem um pouco dos dois como indivíduos e também coisas que são dessa vida como companheiros. O clima muda conforme a gente muda também, mas o essencial está sempre aqui de alguma forma”, o casal conta. * Vamos continuar o tour pelo apartamento? Fique de olho para não perder o Capítulo 2 aqui no blog.

Fotos por Rafaela Paoli, do Estúdio Pulpo

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