Last Updated on: 27th maio 2021, 07:02 am

O clima tranquilo proporcionado pelo ar fresco e pela presença da natureza conquistou a médica veterinária Juliana e o engenheiro Daniel desde a primeira vez que visitaram a casa térrea onde moram atualmente. O casal logo soube que queria viver ali, mas o processo não foi tão simples. Da primeira proposta de compra do imóvel até a mudança de fato, muitas águas rolaram – teve até um período vivido na Califórnia. Com tantos encontros e desencontros, a vontade de habitar o espaço só aumentava, guardando um gostinho especial para o dia do retorno ao Brasil – que demorou, mas aconteceu há um ano e meio.

Para se ter uma ideia do tempo levado entre a primeira visita ao lugar e a tão aguardada mudança, quando enfim cruzaram a porta de entrada, o casal não tinha em mãos apenas malas para duas pessoas, e sim para quatro. Com duas filhas pequenas — Olívia, de cinco anos, e Mia, de três — Juliana costuma dizer que a família é, na verdade, composta por oito integrantes, já que eles também dividem os cômodos com quatro pets: Jade, Pedrinho, Bababoom e Una.

Apesar do potencial que a casa apresentava desde o início, uma grande reforma foi necessária para revitalizar os ambientes, que estavam pouco conservados e distantes das necessidades da família. “Na parte interna, reposicionamos a cozinha, os banheiros e um dos quartos, e, do lado de fora, duas edículas foram eliminadas para dar lugar ao jardim dos fundos, com espaço para o deck e muitas árvores, como a jabuticabeira, as pitangueiras e o pé de acerola”, conta Juliana. Com um projeto muito bem pensado junto ao arquiteto Lúcio Fleury, nem mesmo os cães e gatos tiveram suas demandas ignoradas: para o piso, o material escolhido foi o cumaru de demolição, evitando superfícies muito lisas que pudessem prejudicar a coluna dos animais.

Conectados com a natureza ao redor, os moradores não abrem mão das plantas em nenhum cômodo. Para fazer jus à toda a vida trazida pelas crianças e os pets, as cores alegres cobrem pisos, paredes, quadros e mobiliário. “A decoração dos quartos foi acontecendo sem querer, sem planos. No das crianças queríamos um lugar mais calmo, de leitura e histórias, mas com boa circulação. Na brinquedoteca, colocamos um sofá-cama para servir também de quarto de hospedes, já que sempre recebemos amigos de fora”, conta a família.

O casal adora ver a casa cheia, então o jardim frequentemente se torna o cenário para encontros animados. E como a maioria da turma também possui filhos pequenos, o espaço é ideal para que os adultos possam se divertir com drinks e conversas enquanto as crianças brincam livres pelo gramado. Aliás, mesmo no dia a dia, Mia e Olivia não hesitam em ocupar com brincadeiras todos os cantinhos possíveis: “Elas brincam pela casa toda, se apropriam do jardim e se escondem por aí. Já que todos os cômodos dão acesso à área externa, a diversão não tem espaço limitado e tudo acontece dentro e fora ao mesmo tempo”, diz Juliana.

Para a família, um prazer que tem se tornado um hábito é assistir ao pôr do sol em conjunto, enquanto os gatos e cachorros se distraem com os pássaros que habitam as árvores frutíferas do terreno. Entre plantas, cores, latidos, miados e brincadeiras, é no equilíbrio da casa movimentada e do bairro tranquilo que os moradores encontram o aconchego que chamam de lar.

Fotos por Nathalie Artaxo