Last Updated on: 15th maio 2021, 06:46 pm

A gente escreveu essa matéria com a SUVINIL, nossa maior referência quando o assunto é cor na decoração. Juntos, acreditamos que cada história tem uma cor e cada cor tem uma história, e é essa combinação que transforma um ambiente em um verdadeiro lar. Por isso, nós iremos compartilhar aqui no blog casas que inspiram pelas suas cores. Fica aqui com a gente para acompanhar essa história de perto.

É impossível visitar o apartamento do Lucas e do Renato e não sentir vontade de saber um pouco mais sobre as relíquias que colecionam ou como eles conseguiram criar uma decoração com tanta identidade. Os espaços são recheados de peças vintage, cores marcantes nas paredes e uma infinidade de plantas, declarando em alto e bom som quais são as maiores paixões dos moradores. Nessa lista de paixões, não podemos esquecer de incluir o cãozinho Nuno, que acompanha os donos pra cima e pra baixo pelo apê. “Uma das coisas que torna nossa casa única é o fato de que a gente não esconde muito as cicatrizes que ela ganha com a nossa ocupação. Tem risco no chão e nos móveis, tem planta capenga que já esteve melhor, alguns quadrinhos desalinhados… a autenticidade está aí, e nossa casa, nesse aspecto, é bastante humana”, Lucas define.

O casal se mudou para o apê em Santa Cecília há exatamente um ano, e desde então a decoração vive em uma transformação constante, sempre se aprimorando. Antes, Lucas e Renato moravam em um imóvel menor no Bixiga e o adoravam, mas com o tempo a necessidade por mais espaço prevaleceu. “Tudo na casa antiga era um pouco mais atulhado, porque tínhamos a metade da metragem que temos hoje. E a gente sentia muita falta de ter um local para trabalhar, já que o home office na época ficava no quarto”, explicam. Agora que o casal tem dois dormitórios, um deles virou o escritório, então é possível separar melhor o momento de descanso do momento de trabalho.

Como o imóvel é alugado, Lucas e Renato não quiseram fazer grandes mudanças ou investir em reformas, por isso eles apostaram na pintura das paredes e no mobiliário para dar vida aos ambientes. Por sorte, a disposição da sala atual é similar ao layout do apê antigo, então não foi preciso fazer muitas adaptações e a maior parte dos móveis foi reaproveitada. Conforme o tempo passou, o casal foi definindo melhor as cores que usariam no apartamento, além das necessidades de cada espaço, e assim a decoração tomou forma. O tom escuro da parede, por exemplo, foi inspirado no tapete que mescla vermelho, amarelo e azul, então a sala toda trabalha essas cores em diferentes pontos.

O Lucas está sempre garimpando coisas em feiras de antiguidade, na internet, em antiquários e leilões. Alguns dos objetos acabaram sendo encontrados ao acaso, outros foram resultado de paixões de longa data. Vários deles têm história, e alguns ainda são anônimos, mas todos têm espaço garantido por ali. “Temos uma concepção bem clara de que já existem coisas demais no mundo para sairmos comprando itens novos sem saber sua procedência exata. Quando temos que comprar uma peça, a prioridade é ver se encontramos algo antigo que caia bem no apartamento. Tem algo de bonito em saber que aquele objeto que você trouxe para sua casa vai receber mais uma camada de história sob seu teto”, ele fala.

E assim, entre um garimpo e outro, o casal montou um acervo de móveis e objetos modernistas que se mescla a itens feitos à mão, como cerâmicas, cestarias, tecidos naturais e etc. A casa flerta bastante com essa mistura e cada achado tem seu valor sentimental. Não à toa, a lista de peças favoritas é extensa: tem a luminária de latão que pertenceu ao escritório da consulesa de Mônaco; as serigrafias de Burle Marx; o sofá da sala, assinado por Percival Lafer nos anos 60 e revitalizado por Lucas com novos tecidos; a coleção de passarinhos de todos os tipos e materiais, da cerâmica ao latão; os castiçais de madeira vindos de vários lugares diferentes; o jogo de louça da Ars Bohemia, e por aí vai.


Outro espaço bastante interessante é o banheiro, que desde o começo chamou a atenção do casal com suas pastilhas hexagonais no piso e uma banheira antiga. Ali Lucas novamente colocou em prática seu talento com as plantas e montou uma verdadeira selva. “Só nesse ambiente são 26 plantas. Ele tem uma ótima luminosidade e ventilação e muitas das espécies escolhidas meio que se sentem em casa lá. A gente só criou um jeito para conseguir dispor todas elas sem que ficássemos esbarrando. Encaramos o banheiro como o lugar mais íntimo da casa, e estar rodeado de todo esse verde faz um bem e tanto”.

Diariamente, Lucas e Renato se inspiram com a decoração de seu lar. Para eles, decorar é um jogo infinito de tomada de decisões, e é gratificante poder desfrutar das escolhas feitas. “A gente se pega apreciando certos cantos bem resolvidos. Casa é para ser um lugar tranquilo, e acho que a gente conseguiu fazer isso aqui”, eles dizem. * Que tal conhecer o restante do apê? Fique ligado que mostraremos mais espaços coloridos e inspiradores no Capítulo 2!

Fotos por Maura Mello

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