Last Updated on: 15th maio 2021, 07:02 pm

A história dessa semana é um pouco diferente. Ao invés de distribuir uma única casa em vários capítulos, vamos mostrar para vocês quatro casas em um só espaço. Como assim? A gente explica: o arquiteto Paulo se encantou por uma construção antiga em Pinheiros, mas a área era grande demais para apenas um morador, então ele resolveu criar uma espécie de mini vila, dividindo o terreno em 4 moradias independentes, mas que se conectam por meio do jardim. O resultado dessa empreitada rendeu belas amizades e um novo jeito de viver. Olha só!

Logo abaixo da casa de Paulo fica o lar de Renata, uma carioca que se mudou para São Paulo há uns dois anos por conta do trabalho. “Já vivia na ponte aérea. Até que uma hora compensou passar mais tempo aqui do que lá”, explica. Por um tempo ela morou na zona Sul da cidade, até que uma amiga comentou sobre a vila de casinhas e Renata se interessou. “Essa amiga morou com eles durante um ano, e quando resolveu voltar para o Rio, me perguntou se eu não ocuparia seu lugar. Sempre achei a casa uma delícia, e mesmo que no início não fosse exatamente o bairro que eu queria, hoje estou super adaptada”, ela conta.

Paulo diz que a planta dessa casa é a mais tradicional de todas: os quartos e a cozinha ficam separados da sala, mas o quintal acaba servindo como ponto de encontro e proporciona uma área de circulação a mais, além da interna. Como as partes do térreo recebem menos luz, um dos desafios do arquiteto foi aumentar ao máximo a entrada de iluminação natural, por isso ele apostou em portas de vidro e uma boa integração com o exterior. O jardim das duas casas do andar de baixo ficam voltados um de frente para o outro, então Paulo criou um portão que pode ser fechado para separar os dois se necessário. “Hoje em dia, fica quase sempre aberto, pois os moradores têm um estilo de vida semelhante e gostam dessa sensação de troca ao dividir um espaço”, ele fala.

Quando Renata se mudou, a casa já estava parcialmente mobiliada por sua amiga, que tem um estilo parecido com o seu, então foi fácil se adaptar. “Ela levou a maior parte, mas deixou algumas coisas, então aos poucos fui substituindo pelas minhas. Ainda estou nesse processo”, diz. O tapete azul da sala e uma mesinha lateral são do Paulo, que tem peças espalhadas por 3 das 4 casas. O mais legal foi que Renata se enquadrou naturalmente na personalidade do lugar, tanto que às vezes até se esquece de que está em São Paulo, e não no Rio. O tijolinho branco da cozinha, o piso de tacos de madeira e a ligação com o jardim contribuem muito para esse clima – e ela tem até um chuveirão com deck nos fundos.

A casa toda é gostosa de viver, mas Renata aproveita mesmo é a varanda. Além de ser o espaço onde ela mais interage com os outros moradores, é também onde recebe os amigos semanalmente, por isso fez questão de colocar uma mesa lá fora. “A gente senta ali e fica horas papeando. Minha varanda tem conexão com a do Marquinhos, então no dia a dia, praticamente moramos juntos”, brinca. As cadeiras da cozinha costumam migrar para o jardim para acomodar mais visitas, e a decoração da mesa sempre tem cores alegres.

Por ser muito sociável e amar casa cheia, essa ideia de viver em uma mini vila foi perfeita para Renata. Além disso, os vizinhos ajudam a cuidar de Jimi, seu cachorrinho recém-chegado e novo xodó da turma. Hoje, o que ela mais curte em seu lar é a paz, o sossego, a energia e a oportunidade de ter sempre alguém com quem contar. * Quer espiar as outras 2 casinhas? Fique ligado nos próximos capítulos.

Fotos por Isadora Fabian, do Registro de Dia a Dia