Last Updated on: 16th maio 2021, 08:25 pm

Uma casa e todas as memórias que ela guarda não podem ser resumidas de uma vez só, então por aqui fazemos diferente. Ao invés de concentrar todos os detalhes e fotos em uma única matéria, criamos pequenos capítulos para que você possa curtir essa visita durante vários dias. É só acompanhar a ordem pelo título dos posts e apreciar o passeio sem se preocupar com o relógio.

A arquiteta Maria Cristina e o advogado Renato, seu marido, hoje moram em um apartamento amplo e iluminado, mas nem sempre foi assim. Após o casal comprar o imóvel, faltou verba para uma reforma mais profunda, então durante seis anos eles viveram com a configuração original da planta, que trazia cômodos compartimentados e por isso não promovia o convívio da família. O lado bom dessa experiência é que assim a moradora pôde entender as reais necessidades do espaço, então ao longo desse tempo Cristina foi imaginando tudo o que gostaria de fazer no apê se um dia o reformasse de vez. E não é que esse dia finalmente chegou?

O empurrãozinho para a grande obra de seis meses veio com a segunda gravidez da moradora, que acabou sendo o pretexto perfeito. “Quando fiquei grávida da Isadora, vi que estávamos nos programando para realizar alguns ajustes para recebê-la, então no fim decidimos fazer a mudança radical em tudo. Antes tínhamos uma mesa apertada na cozinha e um dos quartos era usado como sala de TV e escritório, então na prática usávamos pouco as salas de estar e jantar. Foi essa sensação de usar a casa de maneira muito compartimentada que nos motivou a fazer a reforma que fizemos, deixando a sala maior e integrada à cozinha”. 

Olhar de arquiteto | Capítulo 1

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Além de Cristina, o projeto teve a participação de Carolina Bueno e Suzana Barboza, suas sócias no Estúdio Trópico e uma ajuda indispensável para quem estava conciliando reforma e gravidez na mesma época. Como o quebra-quebra foi intenso, o casal alugou um apê no mesmo prédio durante alguns meses para poder se acomodar enquanto a obra não terminava – nesse meio tempo Isadora nasceu, então quando eles voltaram ao apartamento ela já tinha 3 meses. “Eu pretendia que a casa ficasse ampla e que a luz que inundava a sala atingisse a cozinha também. Essa área integrada é muito prática no dia a dia com as crianças, pois podemos observá-las brincando enquanto fazemos várias coisas”, a moradora fala.

Com poucos móveis e muita amplitude, a sala se tornou um ambiente multiuso com a retirada de três paredes e o uso de novos acabamentos, como o piso de ladrilhos hidráulicos – aliás, esse mesmo revestimento se repete no home office de Renato, nos banheiros e na área de serviço. A estante preta de aço que ocupa a principal parede também é uma maneira de trazer essa sensação de continuidade: ora ela funciona como cristaleira, ora vira roupeiro, e ainda acomoda o escritório de Maria Cristina.

Apesar das grandes dimensões do apartamento, os pequenos detalhes são os que carregam as melhores lembranças. Cristina tem um carinho especial por suas peças de cerâmica, as gravuras que coleciona, um vaso amarelo herdado de sua avó e alguns objetos de viagens, como bonecos de madeira vindos de Montevidéu e uma canoa trazida do Peru que acabou animando Antônio, o filho de sete anos do casal, a começar uma coleção de barquinhos. As plantas também aumentaram depois da reforma e agora formam uma espécie de varanda interna ao lado da janela.

Olhar de arquiteto | Capítulo 1

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Para Cristina, a casa é uma forma de expressão. É por meio dela que os moradores revelam sua personalidade: seja pela disposição dos móveis, pelos objetos e quadros expostos ou simplesmente pelas cores usadas na decoração. “A casa é o lugar onde nos despimos das formalidades, onde somos nós mesmos e onde nos sentimos bem”, ela define. * Gostou do apê e quer ver mais fotos? Clique no ‘Continua’ para ler o Capítulo 2! 

Fotos por Alessandro Guimarães

CONTINUA