Uma casa e todas as memórias que ela guarda não podem ser resumidas de uma vez só, então por aqui fazemos diferente. Ao invés de concentrar todos os detalhes e fotos em uma única matéria, criamos pequenos capítulos para que você possa curtir essa visita durante vários dias. É só acompanhar a ordem pelo título dos posts e apreciar o passeio sem se preocupar com o relógio.
É difícil escolher para onde olhar primeiro no apartamento do publicitário Zé. A parede pintada de azul e coberta com inúmeros quadros e fotografias logo chama a atenção, mas os móveis vintage e a imensidão de plantas reunidas em um canto da sala também aguçam a curiosidade. E não acaba aí: conforme se anda pelos corredores, outros tesouros e ideias vão sendo revelados aos poucos. No décimo quinto andar de um prédio construído em 1958, o apê manteve sua estrutura original durante décadas até que Zé o descobriu quatro anos atrás e o transportou para os dias de hoje com a ajuda do arquiteto Maurício Arruda.
A antiga proprietária, Dona Emília Schwartz, era uma senhora austríaca de origem judaica que preservou o layout entregue pela construtora na época – três quartos, dois banheiros, sala de estar, uma cozinha com copa e o dormitório de empregada. Tudo muito segmentado e sem fluidez entre os espaços. E então veio a reforma. As primeiras paredes a se despedirem foram as do terceiro quarto, que ficava bem no centro do imóvel e bloqueava a ligação entre os principais cômodos. Com essa alteração o apê ganhou uma nova circulação e passou a ter mais luminosidade. Agora a sala segue o desenho de um “L”, com a área de estar em uma ponta e a mesa de refeições e a cozinha na outra. Além disso, o dormitório de empregada foi removido para aumentar a área de serviço e acomodar um lavabo.
Além da nova distribuição dos ambientes, o apartamento assume a personalidade de seu morador por meio dos móveis que foram adquiridos ao longo de sua vida. “Sou apaixonado pelo mobiliário brasileiro modernista dos anos 50 e 60, que é uma releitura original e tropical do estilo escandinavo dessa mesma época.”, diz Zé. Não à toa, o publicitário tem em mãos verdadeiras relíquias: as poltronas Paraty, estofadas recentemente com tecido azul, o longo banco em frente à estante e a icônica poltrona Mole, todos de Sergio Rodrigues. Clássicos internacionais, como a poltrona Eames em versão totalmente preta e o par de cadeiras Wishbone, que completa os modelos descombinados na mesa de jantar, também têm vez.
De Dona Emília o morador ‘herdou’ algumas luminárias antigas, como o pendente amarelo do hall de entrada, o abajur branco na mesinha da sala e o lustre usado no quarto de hóspedes. A extensa estante, que de um lado delimita o largo corredor de passagem e do outro traz privacidade à cozinha, abriga o relógio de madeira vindo de família – a peça foi um dos presentes de casamento dos avós de Zé na década de 1940, por isso está carregada de boas lembranças. Duas coleções também ganham destaque entre os diversos livros com capas coloridas: a dos vasos brancos alemães comprados de uma amiga de Berlim e a dos souvenires trazidos de viagem, incluindo bonequinhas do Peru, uma escultura da Islândia e a Matrioska da Rússia.
A pequena ‘floresta’ que Zé cultiva na sala e no corredor foi acontecendo naturalmente e aos poucos tomou conta. “Sempre gostei de plantas, mas achava meio triste um vaso ou dois sozinhos num canto. Comecei com apenas quatro ou cinco e quando percebi tinha virado quase uma obsessão. Onde eu olho já vejo espaço para colocar mais um! Pode parecer óbvio, mas de fato as plantas trouxeram mais vida ao apartamento, uma certa desordem para quebrar o alinhamento dos móveis. Desde que criamos o jardim, nunca mais me senti sozinho.”, conta o morador. Quem o ajudou a escolher as espécies mais indicadas para ambientes internos foi a paisagista Maria Emilia Morozini, mãe do amigo e multiartista Felipe Morozini – é dele a fotografia ‘A Noiva do Vento’, exibida na parede da sala de jantar.
Segundo o próprio morador, sua casa é exagerada e talvez até um pouco confusa, mas é justamente isso o que a torna tão acolhedora e generosa. Quase não há trechos vazios nas paredes, os tapetes com diferentes estampas cobrem boa parte do piso de tacos, as cores se misturam de um jeito criativo, os objetos se espalham sem cerimônia pelas prateleiras, móveis, mesinhas… Zé ocupa cada centímetro do apê com tudo aquilo que o inspira e representa e isso faz de sua decoração algo pessoal e único.
Fotos por Luiza Florenzano
Um lar maravilhoso! Meu sonho!
Decoração moderna e fina! Quadros, móveis, plantas… tudo lindo!
Os lustres redondos da sala (aqueles iguais), conseguem me dizer de onde são, por favor?
Obrigada e bjos 🙂
Oi Renata, tudo bom?
Também amamos esse apartamento cheio de detalhes interessantes. Acreditamos que os pendentes brancos sejam antigos também, mas demos uma pesquisada por aqui e descobrimos uma loja que vende modelos similares com o fio de diferentes cores: http://www.lojagoldenhouse.com.br/collections/pendente/products/pendente-bola-de-vidro-diametro-40cm
Veja se te ajuda! Obrigada, Beijos
Amei esse apartamento!!! Maravilhoso e que mega bom gosto! Voces saberiam me dizer qual é a cor dessas paredes em azul? Que tom sensacional! <3 Beijos e parabéns pelo site lindo! Acompanho desde do comecinho!!! : )
Oi Leticia, tudo bom?
Que alegria saber que você acompanha o site há tempos, eba!!! O apê do Zé realmente é muito inspirador e pessoalmente a parede é mais bonita ainda, rs… Infelizmente não conseguimos descobrir o nome da cor, mas estamos tentando. Se a gente conseguir te avisamos por aqui. 🙂
Beijos e obrigada!
Muito obrigada!!!! <3
Lindo o apê! Adoraria saber de onde é o tapete…vcs sabem? Super obrigada, Erika 🙂
Oi Erika, tudo bom?
Entramos em contato com o morador para descobrir a marca do tapete. Assim que ele nos passar a gente te avisa por aqui. )
Beijos!
Ahhhh, mas eu esqueci qual deles né? Esqueci de especificar, seria o da primeira foto, da sala principal! Obrigada 🙂
Oi! Imaginamos que era esse bem clarinho, hehe. Ainda não tivemos retorno do Zé, mas quando ele nos passar a marca a gente vem te avisar.
Beijos
Oi Erika, tudo bom?
Descobrimos o nome da loja do tapete. É da Phenicia Concept. ♥
Beijos
eba!!! Obrigada! Vcs são demais 😉
Louca por esse azul. Qual o nome?! Alguns clicks quase me convencem de que é mais pra verde. Independente, estou enamorada.
Oi Márcia, tudo bom?
Infelizmente não sabemos o nome do tom de azul. 🙁 Só sabemos que é da marca Suvinil, será que ajuda?
Beijos